quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

CONGRESSO BRASILEIRO DE LINGUÍSTICA APLICADA

CONGRESSO BRASILEIRO DE LINGUÍSTICA APLICADA
POLITICA E POLÍTICAS LINGUÍSTICAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RIO DE JANEIRO
DE 9 A 12 DE SETEMBRO DE 2013

A POLÍTICA LINGUÍSTICA EM MOÇAMBIQUE E AS CONTROVÉRSIAS NA EDUCAÇÃO FORMAL 
Resumo da comunicação, p. 9







REVISTA LETRAS NOTE@MENTOS

Edição 12 – Estudos Linguísticos 2013/02  ISSN: 19838018




Resumo: A pesquisa versa sobre o ensino do português em Moçambique. Tem por objetivos: compreender os problemas causados pelo multilinguismo em crianças e explicar quais as formas de ultrapassar o fracasso escolar na aprendizagem do português. Para pesquisa distribuiu-se dois questionários: um questionário os pais e outro para professores em nove turmas de três escolas do ensino fundamental. Concluiu-se que o português aprendido em casa ajuda na compreensão dos conteúdos na escola; os professores variam as metodologias porque as turmas são heterogêneas; a educação bilíngue pode ser alternativa para redução dos índices de reprovações nas zonas rurais.

sábado, 13 de julho de 2013

REVISTA GRAGOATÁ



Título: A Norma-Padrão Europeia e a Mudança Linguística 
na Escola Moçambicana
Autores: Alexandre António Timbane e Rosane de Andrade Berlinck

Gragoatá. Publicação dos Programas de Pós-Graduação do Instituto de Letras da 
Universidade Federal Fluminense.— n. 1 (1996) - . — Niterói : EdUFF, 2012 – 
26 cm; il , ISSN 1413-9073



sexta-feira, 12 de julho de 2013

MANDOMBE: NOVA ESCRITA (ORTOGRAFIA) PARA AS LÍNGUAS BANTU AFRICANAS


L’écriture Mandombe est à la fois une découverte et une invention réalisée depuis 1978 par Monsieur David WABELADIO PAYI, un congolais originaire de la province du Bas-Congo. Elle tire son existence et sa base opérationnelle de deux éléments ayant la forme des chiffres 5 et 2, observés dans le mur de briques. C’est la découverte de ces deux formes qui est devenue le fondement de l’invention du Mandombe au moyen de combinaisons : symétrie, rabattement et rotations multiples de ces deux formes. L’écriture ainsi inventée révèle des implications diverses et variées dans plusieurs autres domaines des arts, des sciences et des technologies, qu’elle explique, explicite et même, fait progresser.

À l’heure actuelle, Monsieur David WABELADIO PAYI a réussit à convaincre les gens de son propre pays et de l’étranger de la pertinence de soutenir cette écriture. Il en est à plus de deux cents cinquante conférences dans les universités, les centres de recherches, les instituts, les écoles. Partout les gens ne cessent de laisser dans son livre d’or, des témoignages élogieux. Sur le plan de l’apprentissage et la pratique, aujourd’hui, l’écriture Mandombe est écrite et lue par un nombre toujours croissant d’apprenants. Ce nombre dépasse sept cent mille personnes de toutes les conditions d’âge, de sexe ou de niveau d’instruction. Il comprend ainsi des hommes et des femmes, des jeunes et des vieilles personnes, des blancs et des noirs, des intellectuels et des ouvriers dans leur pays respectifs.

Les utilisateurs de l’écriture Mandombe sont actuellement répertoriés en République Démocratique du Congo, en République du Congo, en Angola, en Centrafrique, au Nigeria, au Bénin, en France, en Allemagne, en Belgique, aux Pays-Bas et au Canada. Ceux-ci échangent des lettres par la voie d’un transit unique appelée la Ligue de Mandombe (LIMA) qui les enregistre et les contrôle. Mais le nombre d’utilisateurs potentiels équivaut au nombre d’habitants de l’espace bantou qui sont les premiers utilisateurs concernés par l’écriture Mandombe. Cette population bantoue est un ensemble de peuples parlant quelque quatre cents langues apparentées dites bantoues, présents en Afrique ; du Nigéria aux Comores d'Ouest en Est et du Soudan à la Namibie du Nord au Sud, et représente environ le tiers de la population totale de l'Afrique, soit environ 335 millions de locuteurs de langues bantoues.

Actuellement, l’écriture négro-africaine Mandombe est enseignée dans toutes les écoles primaires, secondaires et supérieures kimbanguistes en Angola, au Cabinda, au Congo-Brazzaville et en République Démocratique du Congo plus précisément à l’Université Simon Kimbangu de Kinshasa où se trouve le siège administratif du Centre de l’Ecriture Négro-Africaine sous la direction de l’inventeur de l’écriture. Certaines écoles et universités en République Démocratique du Congo, au Congo-Brazzaville, en Angola, au Gabon et en Zambie l’enseignent d’une manière non officielle en attendant la signature de l’arrêté par les Ministères de l’Éducation Nationale de leurs pays respectifs autorisant l’enseignement du Mandombe tant dans les écoles privées que publiques.

ESCRITA MANDOMBE

DAVID WABELADIO PAYI



domingo, 30 de junho de 2013

REVISTA LINGUAGEM: ESTUDOS E PESQUISAS

SUMÁRIO

OS EMPRÉSTIMOS DO PORTUGUÊS E DO INGLÊS NA LÍNGUA XICHANGANA EM MOÇAMBIQUE


RESUMO: A presente pesquisa versa sobre a problemática do contato linguístico entre o xichangana com o português e o inglês na região sul de Moçambique. O objetivo é identificar os empréstimos lexicais provenientes do português e do inglês no xichangana bem como os processos da sua integração.Conclui-se que os empréstimos vindos do português e do inglês são adaptados ortográfico-foneticamente integrando-se nas classes nominais e seguindo as normas da gramática do xichangana.

ISSN: 1519-6240 
V.16, Nº1 e 2
2012
p.53-78

terça-feira, 21 de maio de 2013

Lingua portuguesa em África

Moçambique: Língua portuguesa em África debatida em Maputo Fonte: Escritores, professores, investigadores, jornalistas e empresários participam a 15 de setembro, em Maputo, Moçambique, num colóquio sobre questões relativas à língua portuguesa em África, organizado pela cátedra de Português Língua Segunda e Estrangeira da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), criada no âmbito de um protocolo de cooperação com o Instituto Camões. O colóquio conta com a presença dos escritores Luis Bernardo Honwana, autor de Nós Matámos o Cão Tinhoso (1964), que proferirá uma conferência com o tema ‘Português: Língua de fazer Moçambique’, e Ungulani Ba Ka Khosa, autor de Ualalapi (1987), uma das mais importantes obras de ficção moçambicanas pós-independência, que fará parte do painel de intervenientes na mesa redonda que se debruçará sobre a ‘Monitorização do processo de nativização do Português em Moçambique’. A investigação do português como língua não materna em Moçambique está entre os objetivos da cátedra de Português Língua Segunda e Estrangeira da UEM, criada em 2009, que no seu recém-criado sítio na internet aloja «a primeira base de dados, informatizada, de neologia de uma variedade africana do português, o ‘Observatório de Neologismos do Português de Moçambique’, onde os visitantes podem encontrar um conjunto amplo de novas palavras, não dicionarizadas, criadas pelos falantes moçambicanos». Moderada pela regente da cátedra, a professora universitária Perpétua Gonçalves, especialista da língua portuguesa em Moçambique, a mesa redonda contará com a presença das professoras universitárias Marisa Mendonça, Maria João Diniz e Cristina Tembe, dos estudiosos de comunicação Cremilda Massingue e David Magaia, do jornalista Emílio Manhique e do empresário Kekobad Patel. Do programa do colóquio, em cuja sessão de abertura intervirão, além da responsável da cátedra, o ministro da Ciência e Tecnologia de Moçambique, Venância Massingue, e o reitor da UEM, Orlando Quilambo, consta um café-conferência com o professor universitário brasileiro Carlos Faraco sobre ‘A língua portuguesa no contexto internacional: perspetivas e impasses’, moderado pelo investigador moçambicano Gregório Firmino. ‘A língua portuguesa como fator de desenvolvimento nacional e afirmação internacional – que desafios?’ será o tema da conferência do professor universitário Lourenço do Rosário, presidente Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa, com sede em Maputo, moderada por Inês Machungo, professora da Faculdade de Letras e Ciências Sociais da UEM e coordenadora do Observatório de Neologismos do Português de Moçambique. O português é hoje a língua materna de 10,7 % da população de Moçambique, que tem nos restantes 89,3 % as línguas bantu como idioma materno, segundo dados relativos a 2007, citados numa comunicação feita em maio por Perpétua Gonçalves. A língua portuguesa é conhecida por metade da população moçambicana (50,37%), num universo de 16.370.769 indivíduos com mais de 5 anos de idade, principalmente nos meios urbanos, onde é dominada por 80,85% dos recenseados, de acordo com os quadros em bruto do censo geral realizado em 2007 no país. Por grupos etários, só do escalão dos 45-49 anos para cima é sempre maior o número dos que não sabem falar português do que o contrário. Por sexos, na população em geral, o domínio do português é de 59,88 % entre os homens e de 41,65 entre as mulheres.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE NO PERIODO COLONIAL

EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE NO PERIODO COLONIAL Disponivel em: Moçambique passou por momentos criticos na era colonial em todos aspectos,particularmente na educação dos indigenas. Na era colonial muitos moçambicanos tiveram dificuldades de ter acesso a educação,visto que,a educação de qualidade estava reservada para os colonos e seus filhos. O sistema de ensino colonial foi sofrendo reformas, mas adequedas as circunstancias historico-economicas e a conjutura politica internacional.a formação do indigina e a criacao da figura juridico-politico ”assimilado” impunham-se como necessidade de força de trabalho qualificada para a maior exploração capitalista. O sistema de educação colonial organizou-se em dois subsistemas de ensino distintos: a)Ensino Oficial- destinado aos filhos dos colonos ou assimilados;nas vilas e cidades e’ onde predominava o ensino oficial. b)Ensino rudimentar-reservado aquilo que chamavam “indigenas”- os naturais. A maior parte do ensino primario rudimentar se desenvolvia nas zonas rurais( campo), em escolas das missoes, controladas pela igreja. Uma das leis do governo colonial sobre e educacao dizia o seguinte:” o ensino primario rudimentar destina-se a civilizar os indigenas da colonia, difundindo entre eles a lingua portuguesa e os costumes portuguses. Em 1930, o sistema de ensino indigena passou a organizar-se em : 1-Ensino Primario Rudimentar com tres classes previsto para sete,oito e nove anos de idade no ingresso; 2-ensino profisssional indigina,que por sua vez se subdividia em (I) Escola de artes e oficios, com quatro classes,destinada a rapazes e (II) Escolas profissionais femeninas, com duas classes, geralmente ministrado a formação femenina. o sistema de ensino europeu estava estruturado de modo a permitir ao aluno prosseguer os seus estudos até ao ensino superior. Mais tarde ,em função das exigências da exploração capitalista e para justificar a ocupação efectiva das colonias,por pressão da comunidade das nações, o regime passou a engrossar o capital humano com os assimilados, considerados estatutariamente não indigenas. No mesmo ano de 1930,foi criada a primeira escola de professores primarios indigenas, para as escolas primarias rudimentares,com 73 alunos. O ensino técnico profissional ,aberto para todos os indigenas,respondia as pressões economicas da necessidade da mão de obra qualificada,para trabalho indústrial e actividade comercial. DIFERENÇAS ENTRE O SISTEMA DE ENSINO COLONIAL E O SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO SISTEMA EDUCAÇÃO COLONIAL SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO -Ensino oficial e ensino indigena; -Estrutura fragmentaria:multiplicidade de curso proficionais,depois dos quatro primeiros anos de escolaridade; -Falta de coordenação entre os diverso cursos profissionais,depois dos quatros anos de escolaridade; -Sistema de ensino de 11 anos com a seguinte estrutura:4-2-3-2 universidades; -Sem possibilidade simultanea de saida para a vida activa e ingresso num novo nivel ou subsistema ; -Objectivos e conteúdos diferentes e não articulados. -Sistema unico de ensino:laico e publico; -Escolaridade primária de 4 para 7 anos sem primeiro ciclo; -Substemas articuladas e integrados; -Unicidade dos sistemas; -Ensino secundario geral,ensino técnico e formacao de professores de 3 niveis; -Sistema de ensino de 12 anos, com a seguinte estrutura:7-3-2 universidades; -Possibilidade de saida para a vida activa,no fim de cada nivel,ou ingresso num novo; -Definidos objectivos e conteúdos gerais do coteudo do sistema; -carater politécnico do ensino primario.

domingo, 31 de março de 2013

DIVERGÊNCIAS NA CPLP SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO


Moçambique ratifica Acordo Ortográfico

Professor universitário reage ao Acordo Ortográfico

Angola favorável ao Acordo Ortográfico mas com modificações

O Acordo 20 anos depois

O impossível Acordo

Acordo ortográfico e bocejo

Moçambique ratifica o Acordo Ortografico

Sobre o Acordo Ortográfico três olhares lusófonos – Brasil, Moçambique e Portugal

ANGOLA FECHA AS PORTAS AO ACORDO ORTOGRAFICO

ANGOLA QUER ALTERAÇÕES NO ACORDO ORTOGRAFICO
Ainda sobre o acordo ortografico

DEBATES SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO NO BRASIL


TODOS ARQUIGOS FORAM PUBLICADOS NA "REVISTA LIGUASAGEM" .
CONTRIBUIÇÕES DE: Fabíola Pereira Rodrigues Figueira (UFRJ) Daniele Soares da Silva(UFRJ) Carlos Alberto Faraco (UFPR)Sírio Possenti (UNICAMP) Luiz Carlos Cagliari (UNESP).

De por que é um erro prorrogar até 2016 o prazo de implantação definitiva da ortografia prevista pelo Acordo Ortográfico de 1990

AS NOVAS REGRAS DO PORTUGUÊS – MUITO MAIS QUE UM ACORDO ORTOGRÁFICO

COMO CLASSIFICAR AS LETRAS K, W, Y?

O VOCABULÁRIO ORTOGRÁFICO (VOLP) DA ABL

O ACORDO E AS LETRAS MAIÚSCULAS: UM PEQUENO PROBLEMA

MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS NO HORIZONTE

REFORMA ORTOGRÁFICA: PERDA DE IDENTIDADE?

UMA MUDANÇA NECESSÁRIA

ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990

SEMPRE A ORTOGRAFIA

ENTREVISTA COM O PROF. DR. LUIZ CARLOS CAGLIARI




REVISTA LÍNGUA E LITERATURA




Resumo: A presente pesquisa versa sobre a importância da literatura, na divulgação do português de Moçambique nos meios de comunicação social e na escola. O léxico é a face mais visível da língua na qual se pode identificar neologismos, estrangeirismos e empréstimos linguísticos vindos do inglês e das mais de vinte Línguas Bantu faladas e escritas por moçambicanos. Analisando as trinta e três crônicas da obra “Coisas de Tete: Mitos, mistérios e realidades”, do escritor e jornalista Arune Valy procura-se analisar as características do léxico bem como a sua ligação com a cultura dos povos “nyungwés”, localizados na província de Tete a norte de Moçambique. A presença do léxico próprio do contexto moçambicano prova que a variante moçambicana existe e deve ser valorizada sem preconceito incluindo no ensino (educação). (Timbane).

REVISTA LÍNGUA E LITERATURA


outro artigo: Revista Via Litterae

sexta-feira, 8 de março de 2013

Sur les langues africaines

Saiba tudo sobre as línguas africanas

Línguas na África do Sul

South Africa Languages

The African Languages and english in education (livro)

Sobre as línguas africanas

PRECONCEITO LINGUÍSTICO EM MOÇAMBIQUE

Os artigos que se seguem foram extraídos no jornal "Notícias"(dias 8 e 9 de março 2013). São da autoria do Docente e eticista Salomão Vicente Matosse. Relatam casos de "desvios à norma padrão europeia" e não toleram nenhuma variação. É importante sublinhar que as línguas não são entidades prontas nem estáticas. Elas variam e mudam tendo em conta as variáveis linguísticas e sociais, fato que não é tolerado nestes artigos. A gramática nunca reflectiu a realidade linguística de um grupo social. Ela é fruto de manipulação, quer dizer é artificial pois ninguém usa as normas gramaticais a 100% na sua fala cotidiana. Mesmo em Portugal não se fala a língua da mesma forma. Alguma vez ouviram como os açorianos e os madeirenses falam?´No Brasil, por exemplo já ouviram um são paulino, um caipira quando fala? Mesmo as Línguas Bantu que falamos em Moçambique não são homogéneas. Pois é. É uma característica normal de todas as línguas do mundo pois, elas seguem as variáveis sociais. Por isso que Labov (2008) sustenta que a língua é um produto social e assim, é muito inapropriado estudá-la fora do contexto social. vejamos agora, o que dizem os artigos:

Erros que cometemos ao falar português 1
"É bom! Digo, é muitíssimo gratificante ver que entre professores de português e, ou amantes desta língua de Camões, há pessoas que rasgam a cortina do conformismo e aparecem para ajudar aqueles que tenham dificuldades linguísticas." (Matosse, 8 de março 2013).

Erros que cometemos ao falar português 2
Frequentemente, oiço professores de português, talvez por gravíssima distracção, a dizer aos seus alunos, ainda que com algum carinho: *Meus meninos, abrem vossos cadernos. Análise: esta frase não se enquadra em nenhum dos tipos de frase, que certamente o leitor terá aprendido: declarativo, exclamativo, interrogativo e imperativo. Sem dúvida, à primeira análise, parece-nos adequar-se ao imperativo. (Matosse, 9 de março 2013).

Depois dessas leituras lembramos a firmação do linguista brasileiro, Marcos Bagno que diz "Nada na língua é por acaso". Os linguistas abaixo mencionados explicam de forma exaustiva algumas caraterísticas do Português de Moçambique. A língua Portuguesa falada em Moçambique é dos moçambicanos e reflete a realidade moçambicana. As variações e mudanças se verificam a nível lexical, fonético-fonológico, sintático, morfológico, semântico e pragmático.  Matosse (nos seus artigos) relata que esses erros são cometidos por muitas pessoas incluindo professores em sala de aulas. Ficamos felizes (nós pesquisadores da língua) ao saber que a variante moçambicana tende a se generalizar. É que as mudanças linguísticas não avisam. Elas aparecem simplesmente.Por isso que é importante estudarmos a variante moçambicana para que possamos diminuir as reprovações em massa que ainda aterrorizam os alunos. A criação de instrumentos do tipo dicionários e gramáticas diminuiria esse preconceito linguístico que afeta até intelectuais moçambicanos. Os alunos e os professores não falam errado, mas sim só falam diferente da variante europeia. Abaixo "Maria Relva!"*

Bibliografia abaixo descreve as caraterísticas do Português de Moçambique:

DIAS, H.  N. Português moçambicano: Estudos e reflexões. Maputo: Imprensa universitária, 2009.
DIAS, H.  N.  Minidicionário de Moçambicanismos. Maputo: Imprensa Universitária, 2002b.
DIAS, H.  N. A norma padrão e as mudanças linguísticas na Língua Portuguesa nos meios de comunicação de massas em Moçambique. In ___.(org.) Português Moçambicano: Estudos e reflexões. Maputo: Imprensa Universitária, 2009b.
DIAS, H.  N.  Análise de erros da preposição. In ___.(org.) Português Moçambicano: Estudos e reflexões. Maputo: Imprensa Universitária, 2009b.
DIAS, H.  N.  As desigualdades sociolinguísticas e o fracasso escolar em direção a uma prática linguística escolar libertadora. Maputo: Promédia, 2002a.
DIAS, H.  N.  Língua e mudanças sociais - Algumas reflexões sobre o caso de Moçambique. In Revista Internacional de Língua Portuguesa. Lisboa: AULP. Março 1993. pp. 96-100.
DIAS, H.  N. Os empréstimos lexicais das línguas bantu no português. in Actas do Simpósio Nacional sobre Língua Portuguesa em África. Lisboa: Escola Superior de Santarém. 1991.
DIAS, H.  N.  Saberes docentes e formação de professores na diversidade cultural. Maputo: Imprensa Universitária, 2009a.
DICIONÁRIO DE MOÇAMBICANISMOS: [Disponível em www.mocambicanismos.blogspot.com/2009/01/m.html acesso em 8/11/2011.]
FIRMINO, G. A questão lingüística na África pós-colonial: O caso de português e das línguas autóctones em Moçambique. Maputo: Promédia, 2001.
FIDALGO, M. Mia Couto fala sobre a literatura de Moçambique e de sua relação com as palavras. [Disponível em: www.saraivaconteudo.com.br/Entrevistas/Post/45036  acesso em:17 out 2012.]
GONÇALVES, P.   Dinâmicas do Português em Moçambique: Afinal, o que são erros do português. In Primeiras Jornadas de Língua Portuguesa. Maputo: UEM, 2005.
GONÇALVES, P.  Português de Moçambique : Uma variedade em formação. Maputo: Livraria universitária da Faculdade de Letras/Universidade Eduardo Mondlane, 1996b.
GONÇALVES, P.   Falsos sucessos no processamento do input na aquisição de L2: Papel da ambiguidade na génese do português de Moçambique. In ABRALIN, v.4, nº1 e 2, 2005. pp. 47-73.
GONÇALVES, P.   Lusofonia em Moçambique com ou sem glotofagia? Comunicação apresentada no 2º Congresso Internacional de Linguística Histórica. São Paulo: USP (07-/02/2012).[Disponível em: www.catedraportugues.uem.mz/lib/docs/lusofonia_em_mocambique.pdf acesso em 21/set/12].
GONÇALVES, P.   Panorama Geral do Português de Moçambique. In Persee, v.79, nº79-3, Ministère de l'Enseignement Supérieur et de la Recherche, 2001, pp.977-990. [Disponível em: www.persee.fr/web/revues/home/prescript/article/rbph_0035-0818_2001_num_79_3_4557  acesso em 14 de nov 2012].
GONÇALVES, P. ; MACIEL, C. A. Estruturas de subordinação na aquisição do português língua segunda. In______. Mudanças do português de Moçambique. Maputo: Livraria Universitária,1998.
NGUNGA, A. A Intolerância linguística na escola moçambicana. In Laboratório de Estudos sobre a Intolerância da FFLCH. São Paulo: USP, 2007. [Disponível em: www.rumoatolerancia.fflch.usp.br/node/2184 acesso em 21 de maio 2010.]
NGUNGA, A. Interferências de línguas moçambicanas em português falado em Moçambique. In Revista Científica da Universidade Eduardo Mondlane. 2012. v.1, Nº 0 (ed. Especial.), pp.7-20. [Disponível em: www.revistacientifica.uem.mz/index.php/seriec/article/view/15/28 acesso em 7 de dez/2012].
STROUD, C. e GONÇALVES, P. (orgs.). Panorama do português oral de Maputo: Objetivos e métodos. In Cadernos de Pesquisa do INDE, nº 22, Maputo: INDE., 1997.
TIMBANE, A. A.  A problemática do ensino da língua portuguesa na 1ª classe  num contexto sociolinguístico urbano: O caso da cidade de Maputo. 2009.106pp. (Dissertação Mestrado em Linguística)- Faculdade de Letras e Literatura, Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, 2009.
TIMBANE, A. A.   O português moçambicano: Um olhar sobre os neologismos em cartas de opinião e em obra de Mia Couto. São Paulo: USP, 2011. (No prelo na Revista do Congresso Internacional da Neologia-CINEO).
TIMBANE, A. A.   Os estrangeirismos e os empréstimos no português falado em Moçambique. In Via Litterae. Anápolis. v. 4, n. 1, p. 5-24, jan./jun. 2012. [Disponível em:  www2.unucseh.ueg.br/vialitterae acesso em 17/out/2012.]
CÁTEDRA PORTUGUÊS LÍNGUA SEGUNDA E ESTRANGEIRA (CPLSE). Observatório de Neologismos do Português de Moçambique. [Disponível em : http://www.catedraportugues.uem.mz/?__target__=observatorio&page=busca  e http://www.catedraportugues.uem.mz/?__target__=observatorio acesso em 14/mar/2012]
Gonçalves, P. Panorama do português de Moçambique. In Revue belge de philologie et d’histoire. v.79, nº79, nº3, 2001. [Disponível: http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/article/rbph_0035-0818_2001_num_79_3_4557]
APONTES, S. A. Acomodação de palavras bantu em português: Algumas consequencias morfofonológicas. In Revista Philologus. Ano 16, Nº46, Rio de Janeiro: CiFEFil, Jan-abr. 2010. [Disponível em: http://www.filologia.org.br/revista/46sup/05.pdf acesso em 4/Jan/2013].

*NB: Maria Relva é o apelido (alcunha) de uma gramática tradicionalista que era usada nas escolas no período colonial. O autor é José Maria Relvas. Os alunos eram obrigados a memorizar as regras gramaticais e a repetir as frases previamente elaboradas. Não se aceitava analisar frases fora dessa gramática. Segundo Neves (2009) o ensino da gramática é importante na escola, mas também “não pode ser oferecida como uma camisa-de-força, primeiro mapeada para depois ser recheada de exemplos, aqueles que venham a calhar para a doutrina assentada.” (NEVES, 2009, p.85, grifo meu).


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AINDA SOBRE PRECONCEITO LINGUÍSTICO

OUTRA CARTA DE OPINIÃO PUBLICADA EM 2012, NO JORNAL "NOTÍCIAS"

UMA BREVE ANÁLISE DOS ERROS DO "NOSSO" PORTUGUÊS

SR. DIRECTOR!

O português, assim como muitas outras línguas, são o resultado da transformação, ao longo dos séculos, de um outro idioma, o latim, que era falado no Lácio, região da Península Itálica, onde ficava a antiga cidade de Roma. Assim, o português nasceu do latim vulgar (sermo plebeius), uma das três variedades da língua romana.

Esta é também conhecida como a “língua de Camões” (em homenagem a uma das mais conhecidas figuras literárias de Portugal), o autor de Os Lusíadas.

Ora bem, ao analisarmos o uso desta língua pela qual nos comunicamos diariamente, verificamos constantemente erros crassos e que são uns atropelos verdadeiramente mortais aos tímpanos de quem a ouve. É uma questão inevitável: que haja erros. Mas é insustentável que esses erros passem despercebidos àqueles que têm algum domínio da língua, cometendo o grandessíssimo erro de não corrigir aos errados. Sincera e tristemente falando, não é admissível que um locutor de rádio ou apresentador de televisão diga tera e não terra, guera enquanto deveria dizer guerra. A pergunta é: como é feita a selecção para que se ocupe um determinado posto? Acredito que a maioria de nós já sabe qual é a resposta óbvia.

A ideia não é, obviamente, de dar aulas da língua portuguesa, mas sim de tentar alertar e/ou sugerir aos profissionais, aos educadores e até ao Governo, a investirem mais na educação dos seus filhos, comprando livros de gramática e juntos aumentarem os seus conhecimentos gramaticais: tanto na escrita, como na fala. Lembro-me que no tempo da escola primária cometia-se um erro que parecia normal dizer: “Vamos comer festa”. Os nossos pais corrigiam-nos imediatamente, e, ao aprender, também corrigíamos a outras crianças.
Mas hoje em dia, se é o pai a dizer ao filho: “filho, estão te a chamar com a tua mãe” ou então “amim me disseram com Benjamim”, o que será que o filho irá transportar de aprendizagem em relação à língua portuguesa? Certamente que os mesmos erros cometidos pelo pai, que de noite frequenta a faculdade.
Muitos dos que ocupam altíssimos cargos nas diversas instituições do nosso país e auferem salários gordos, digo francamente que o seu português é bastante magro e como exemplo disso são os documentos pobres que assinam sem verificarem o seu conteúdo, sem sequer corrigir a péssima escrita dos seus subordinados directos. Quantas (muitas) vezes não nos envergonhamos com as fraquinhas intervenções dos nossos deputados, que (alguns) não sabem ler e nem demonstram nenhuma capacidade de improviso quando se engasgam e muito menos possuem poder de expressão. É simplesmente triste.

Todos os dias observamos nos nossos canais televisivos publicidades com erros absolutamente anormais, como por exemplo: Você. Segmento tem um significado totalmente diferente de seguimento.

Vamos investigar, vamos ler mais do que lemos, e, se não o fizemos, é hora de começar. Para que o país desenvolva é necessário que haja uma comunicação sã e para que isso aconteça é também necessário que haja um esforço por parte de todos aqueles que têm crianças e/ou adolescentes sob seus cuidados, para que se expressem melhor (na escrita e na leitura). É incrível que mesmo os mais estudados conseguem descaradamente cometer erros inadmissíveis e num à vontade, um professor perguntar aos seus alunos:…
 a gente estávamos a falar de quê? Já não se respeita a concordância frásica nos dias de hoje. Não vamos desestruturar os nossos filhos, as nossas crianças. Elas não merecem os atropelos que, de anormais já passaram a ser “normais”. O português está a ser terrivelmente esmagado, desrespeitado. São poucas mensagens (telefónicas e não só) que respeitam à escrita devida. Como se pode, em pleno século XXI, alguém com mais de 30 anos de idade poder escrever: os meus alunos estam doentes…???

O mais ridículo ainda são os ditos novos “cantores” e não os cantores novos. Depois de tudo que muitos de nós fomos e somos obrigados a ouvir, digo com quase toda certeza, que não existe nenhuma censura nas letras dos meninos que se põem a abrir as suas bocas para nada dizer:… você danças muito bem. Por onde andam os pais para corrigi-los? Antes de gravar algo, não perguntam aos outros seus amigos de “profissão” ou especialista de língua se está bem? É uma febre que se espalha pela nossa sociedade. É lamentável, mas contornável, se depender somente do nosso esforço pela leitura e escrita.  
  • Rui Mendes

Jornal Notícias 7 de dezembro de 2012.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

DEBATES SOBRE O PORTUGUÊS ANGOLANO

A sociolinguística é um ramo da línguística que estuda a língua em seu contexto social. Se a língua "é uma forma de comportamento social" (LABOV, 2008, p.215) então nunca se pode estudar a língua sem se ter em conta as variáveis sociais (variáveis independentes) tais como: a idade, o nível de escolaridade, a língua materna (caso seja L2), o sexo, o lugar geográfico, as redes sociais, etc. Estes e  outros fatores fazem com que o português na CPLP seja diferente de lugar para lugar. Já está provado (por meio de vária literatura) que na CPLP não se fala o português da mesma maneira. Há variações a nível lexical, fonético-fonológico, morfológico, sintático, semântico, pragmático, etc. Em Moçambique, por exemplo já foi publicado em 2002, o Minidicionário de moçambicanismos e tem em online o Dicionário de Moçambicanismos que é uma amostra da variação e mudança lexical do Português de Moçambique. 
Vejamos a seguir como a questão PORTUGUÊS DE ANGOLA é discutido e algumas referências de base:

Algumas palavras do Português de Angola

Dicionário do portugues de Angola (A-D)


Dicionário do Português de Angola (E-L)

DICIONÁRIO DO PORTUGUÊS DE ANGOLA (M-Z)


O quibumdo no Português de Angola

Escritor angolano defende o Português Angolano


O Angolês, uma maneira angolana de falar português



É importante combater o preconceito linguístico com relação às variantes africanas.O Brasil avançou bastante nesse campo e já tem dicionários, gramáticas que explicam o funcionamento das suas variantes. Os PALOP's devem avançar nesse campo, combatendo assim o fraco aproveitamento nas nossas escolas.
Situação Linguística da Tanzania

L’amélioration de la compétence phonologique des enseignants de français du secondaire en Tanzanie.

                                                Mapa Tanzania

Situação Linguística em Africa

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013


OS ESTRANGEIRISMOS E OS EMPRÉSTIMOS NO PORTUGUÊS FALADO EM MOÇAMBIQUE


CADERNOS DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS Universidade Estadual de Campinas.

Instituto de Estudos da Linguagem − Campinas, SP, nº 1 (ago. 1978−)
Publicação Semestral
ISSN 0102-5767
Cad. Est. Ling. Campinas nº 54(2) p. 183-318 Jul./Dez. 2012

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Debate sobre a Variação Linguística em Moçambique

Caros irmãos Mozucas,

O preconceito linguístico é condenável. O debate sobre a "Variação Linguística" não só discutido e pelos moçambicanos mas sim em todo mundo. Meus irmãos, as línguas têm esse poder de variar e mudar com o tempo, com lugar, com género, com nível social, com idade, etc. É o que em sociolinguística chamamos de variação diatópica, distrática, diamésica, diafásica e diacrónica (BAGNO, 2007, p.46-47). Que fique claro que em nenhuma parte do mundo se fala uma língua da mesma forma. Mas saibam também que isso não é problema nenhum e nem deve ser. É um caminho "normal" que as línguas tomam (cf.LABOV, 2008). O que acontece com as trocas das consoantes B por P, T por D, etc, tal como foi apresentado é resultado da "interferência das línguas bantu no português. Convido-vos desde já a ler o artigo de Ngunga (2012) intitulado "As interferências das línguas moçambicanas no português falado em Moçambique" para entender quais os processos mais frequentes.(http://www.revistacientifica.uem.mz/index.php/seriec/article/view/15/28)
O meu blogue intitulado"DISCUTINDO A LINGUÍSTICA E EDUCAÇÃO EM ÁFRICA"(http://timbane.blogspot.com.br//) tem vários artigos que podem vos ajudar a acabar com preconceito linguístico. A discriminação linguística não pode ter lugar na nossa sociedade.Os nampulenses não falam errado.Só falam diferente. Os caipiras (no Brasil) não falam errado só falam diferente, etc, etc. Não sei se já perceberam que mesmo o xichangana (a 2ª língua bantu mais falada depois de makwuwa) tem variantes? Segundo Sitoe (1996) e Ngunga; Faquir (2011, p.225) tem hlanganu, dzonga, n'walingu, bila, hlengwe. Entre os falantes do xichangana percebem que há variações e porquê isso não pode acontecer em português?
O debate apresentado pelos mozucas revela mais uma vez a presença do "Português de Moçambique" defendida por Dias (2002,2009a,b), Gonçalves(1998, 2012). Hoje, há muitas unidades lexicais vindas do bantu, do árabe, de outras línguas línguas  e que fazem parte do "nosso português". Em Timbane (2012) pode-se ver como os estrangeirismos e os empréstimos linguísticos entram no Português de Moçambique : http://www2.unucseh.ueg.br/vialitterae/assets/files/volume_revista/vol_4_num_1/Via_Litterae_4-1_2012_1-ALEXANDRE_TIMBANE_Estrangeirismos-emprestimos_em_Mocanbique.pdf 

Concluindo:
A "piada" feriu algumas sensibilidades, mas talvez fosse para chamar atenção na existência de variações linguísticas no Português de Moçambique (a nível fonético-fonológico). Os neologismos (matriz interna e externa) são uma forma de criatividade lexical que ocorrem com mais frequência no Português de Moçambique. Sugiro que a mesma piada(e muitas outras) sejam feitas sem intenção preconceituosa.
Um abraço!
Alexandre António Timbane

Em baixo: O conteúdo dos debates



De: nordino muaievela
Para: Nerito Oliveira
Enviadas: Sexta-feira, 1 de Fevereiro de 2013 19:41
Assunto: Re: Re: [MOZUCAS] Jogo de Nomes e Terras em Nampula

E .... ainda que eu nao seja uma amostra suficiente no seu entender, no minimo podes usar a tal amostra para dizer que " nem todos nampulenses".
Enviado do Yahoo! Mail no Android


From: Nerito Oliveira
To: mozucas@yahoogroups.com ;
Subject: Re: Re: [MOZUCAS] Jogo de Nomes e Terras em Nampula
Sent: Fri, Feb 1, 2013 9:03:00 PM 

Caros mozucas e Nordino (em especial),

Por curiosidade dei uma olhada na internet a respeito de troca de letras sem a mínima noção de que era um distúrbio da fala, creio que isto surpreenderá alguns dos mozes também! Eis o resultado:
A troca de letras é um distúrbio da fala que se atribui o nome de Dislalia.

"dislalia é um distúrbio da fala que se caracterizado pela dificuldade de articulação de palavras: o portador da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas a elas." 

"As trocas de letras mais comuns provocadas pela dislalia são de "P" por "B", "F" por "V", "T" por "D", "R" por "L", "F" por "S", "J" por "Z" e "X" por "S"."
"É muito perigoso quando se vê na televisão, principalmente em programas cômicos ou desenhos animados, personagens que apresentam essa deficiência de troca de fonemas, a dislalia. Tais personagens acabam influenciando negativamente os pacientes, sobretudo as crianças e os adolescentes, que são mais influenciáveis por certos modismos que aparecem a todo momento." Mais detalhes em http://www.boasfalas.com.br/dislalia-troca-de-letras/.

Sendo assim, sou favorável a opinião das pessoas contrárias a este tipo de manifestação descriminatória  (Felix, Basílio, etc) , afinal trata-se de um problema sério. Acredito que muita gente considera normal, ou seja, forma típica do norte do país. Creio também que isso ocorre mais frequentemente em pessoas menos letradas/alfabetizadas. Eu particularmente tenho notado ao escrever certas palavras, embora seja raro, troco o "T" por "D" involuntariamente, e claro, corrijo imediatamente. Portanto, é de se pensar a necessidade de estudo do caso, principalmente as pessoas que seguem a carreira de fonoaudiologia ou os nossos governantes.
Dirigindo-me ao Nordino, o fato de nunca seres vítima da discriminação ou não apresentares este problema, não acho que sejas uma amostra suficiente para deixar de se dar importância a este problema. Já presenciei muitas atitudes descriminatórias para com os nossos irmãos que saem do Norte para trabalhar no Centro ou no Sul!

Abraços
Nerito

De: nordino muaievela
Para: "mozucas@yahoogroups com"
Enviadas: Sexta-feira, 1 de Fevereiro de 2013 17:58
Assunto: Enc: Re: [MOZUCAS] Jogo de Nomes e Terras em Nampula

Enviado do Yahoo! Mail no Android


From: nordino muaievela
To: cachimo.assane
Subject: Re: [MOZUCAS] Jogo de Nomes e Terras em Nampula
Sent: Fri, Feb 1, 2013 7:24:21 PM 

Caro Basilio, tenho o orgulho de ter nascido em Nampula. Nunca fui vitima do tal prato forte da Naçao a que te referes e ainda que isso exista nunca dei importancia. E ainda que voce nao seja de NPL devias fazer ou mesmo, pois basta olhar o seu ultimo nome e tentar rever as suas origens.
Abs
Enviado do Yahoo! Mail no Android


From: Cachimo Assane
To: ;
Subject: Re: [MOZUCAS] Jogo de Nomes e Terras em Nampula
Sent: Fri, Feb 1, 2013 7:07:10 PM 

Concordo consigo meu caro Basilio. Mas tambem vale lembrar que no sul do país quando se pronuncia nas palavras, há tendencia de ASSOBIAR...Fale com verdadeiro maxangana para pronunciar, por exemplo,  a palavra MALHAPSENE, terá a nocao do que estou falando.
O que acontece é que os nossos compatriotas do sul querem fazer  parecer que nao tem problemas de pronuncia, mas a realidade é completamente diferente. "Fica rindo do rabo do outro, antes de conferir o seu ".Infelizmente essas mentalidade nao é de hoje, comecou mesmo  os nossos ditos  "libertadores". 
Abraco 


---Original Message-----
From: Brazao Catopola 
Date: Fri, 1 Feb 2013 20:40:01 
To:  <mozucas@yahoogroups.com>
Subject: Re: Enc: Re: [MOZUCAS] Jogo de Nomes e Terras em Nampula

Novas palavras em Mocambique:
Enxame
Incontida
Tampar
 manteiga
Manter
Identificação
Alheio
Banalizou
Bife
Ante
Arroz
Olho
Banzar
Brinquedo
Estudar
Educar
Enquanto
Achada
Violação
Joanquim
Jamainca
Empantorada
Mangnifico
Entc entc entc
Enviada do dispositivo sem fios BlackBerry®
No dia 1 de Fevereiro de 2013 à11 15:30, Basilio alberto nipwesa  escreveu:

 Caros amigos Muzucas, sei que os nampulenses têm sotaque para caramba,mas adianta difamá-los nesse veiculo de comunicação , porque isso carateriza um preconceito contra os nativos de Nampula.  Não sou  nampulense, mas defendo a causa deles e todos aqueles que sofrem discriminação de qualquer segmento, quer seja por virtude do sotaque, religião," chingodismo "- nome  pejorativo atribuído à pessoas que moram  no norte do rio Save; racial, profissional ou por analfabetismo, um prato forte no nosso país.


m fm d smna... 


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