quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

ANALYZING THE SPEECH OF POLICE OFFICERS INTERACTING WITH SUSPECTS IN THE STREET: THE CASE FROM BRAZIL

ABSTRACT
This paper discusses language-discursive questions in relation to the way the police approach suspects in the street in Brazil. The use of police language is discussed and questions are raised about the discourse used by police officers. What are the specifics of their discourse in this type of interaction? The objective is to analyze the effect of police speech on interaction with suspects; to discuss its relevance to the success of this type of interaction and to demonstrate the problems created for the police, taking into account the conditions of production and the sociolinguistic variables involved. Nine videos of police stopping suspects in the street were analyzed. One of the interactional features examined is the roles of speaker and listener and how far the differing statuses of the participants creates differing interactional roles and possibilities (Coulthard, 1985). The results indicate that some 68% of the utterances are interrogative, whereas 26% are imperative and 6% are affirmative and exclamatory sentences. There is predominance of confirmation expressions because the police officer needs to get confirmation. Interestingly the results showed that ex-prisoner suspects knew the legal terms and cited some of the articles of the criminal code. The speech of the suspects is clearly designed to characterize them as hardworking, honest, reliable and disciplined. The purpose of this analysis is to derive concepts interviewing strategies (Shuy, 2005; Heydon, 2005) for subsequent use in Police Training courses, in order to enable them the relevant language skills and  a quality and efficient service.

KEYWORDS: Discourse analysis; Police; Suspects; Forensic Linguistics.

REFERENCES
COULTHARD, R. (1985). An introduction to discourse analysis. 2ed. London: Longman.
HEYDON, G. (2005). The language of police interviewing: a critical analysis. New York: Palgrave.

SHUY, R. (2005). Creating language crimes: how law enforcement uses (and misuses) language. Oxford: OUP.



Dr. Alexandre Timbane(ACIPOL) and Dr. Mounir Triki (Univ. of Sfax)
 Participants


A SAUDAÇÃO DO GRUPO ÉTNICO-LINGUÍSTICO TSONGA DE MOÇAMBIQUE


Revista Educação, Cultura e Sociedade / Curso de Pedagogia, Faculdade
de Educação e Linguagem, Unemat. – Vol. 4, n. 2 (jul./dez. 2014)-.
– Sinop: Universidade do Estado de Mato Grosso, 2014-
v. 4, n. 2 ; 136p.
Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader (ou similar).
Disponível em:
ISSN 2237-1648

Meu artigo

Resumo


A pesquisa versa sobre análise da saudação no grupo linguístico tsonga, localizado no sul de Moçambique.Como ponto de partida levantou a seguinte questão: quais as características discursivas e culturais que asaudação tsonga apresenta? A pesquisa tem por objetivo analisar e indicar os significados discursivos dasaudação tsonga e discutir a sua relação com cultura moçambicana. Para a pesquisa foram gravadas quatrofalantes de xichangana, dois de xitswa e quatro de ronga, todos moradores de Maputo e com ensino fundamental.Depois da transcrição, seguiu-se a fase da análise do qual se concluiu que a saudação é diferente da conversa eela segue normas estabelecidas pelo grupo étnico-linguístico. Na saudação há ausência do eu que sempre seconverte em nós, pois há predomínio do coletivismo na cultura. Nota-se a presença de marcas discursivas compredomínio do tempo passado, pois relata-se fatos passados, na sua maioria.
Palavras-chave: discurso; saudação; grupo tsonga; Moçambique.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

LINGUÍSTICA FORENSE



Analisando o Discurso Policial na Abordagem de Suspeitos na Via Pública: estudo de caso
A presente pesquisa trata de questões linguístico-discursivas, na abordagem policial de suspeitos na via pública. Chamo a atenção para o uso da linguagem na Justiça e levanto algumas questões referentes às características do discurso utilizadas pelo policial na abordagem dos suspeitos nas vias públicas. Quais são as especificidades do discurso dos policiais, neste tipo de interação? A pesquisa tem por objetivo analisar o impacto do discurso policial na abordagem de suspeitos, discutir sua relevância para o sucesso deste tipo de interação, e demonstrar os impasses que são constitutivos do trabalho do policial, levando em conta as condições de produção desse discurso, e as variáveis sociolinguísticas nele inscritas.  O corpus desta pesquisa foi constituído por nove vídeos de abordagens policiais na Via Pública. Neles, observamos características linguístico-discursivas usadas pelo policial e pelo suspeito para a apuração de uma infração e sua autoria. Desta fase da pesquisa, concluiu-se, que há necessidade de se trazer conceitos da Linguística Forense para os cursos de Formação Policial, de forma que a Academia Militar possa “armar” os policiais com competências linguísticas que os auxiliem na prestação de um trabalho qualitativo e eficaz
Foto: Google.com.br

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Que português se fala em Moçambique? Uma análise sociolinguística da variedade em uso


RESUMO: Moçambique é um país multilíngue onde convivem cerca de vinte línguas bantu, o português, o gujarati, o híndi e o árabe. O português é a língua oficial e é de uso obrigatório na educação e nas instituições públicas. O português cria impasse porque os cidadãos não dominam a norma-padrão europeia. Nenhuma língua viva está isenta de variação. O Português de Moçambique (PM) é uma variedade que resulta de contextos sociolinguísticos e da diversidade cultural. Mas questiona-se como surgiu o PM e quais as suas características? A pesquisa tem por objetivo discutir a situação do PM tendo em conta as variáveis sociais; explicar as características léxico-semânticas e sintáticas. Entrevistando 36 falantes de português como segunda língua, nas cidades de Maputo e
Nampula analisamos quais os neologismos presentes na fala dos moçambicanos. Tendo rodado os dados no GoldVarb 2001 se concluiu que o PM se manifesta de forma mais visível a nível fonético, léxico-semântico. Os estrangeirismos provenientes das línguas bantu são necessários. Conclui-se que o Português é uma língua moçambicana falada como língua materna pela minoria (10.7%) e que tende a crescer devido à educação gratuita, obrigatória e inclusiva incentivada pela política linguística. 


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Sobre o Acordo Ortográfico

SIMPLICAR A ORTOGRAFIA?


ESTE ARTIGO FOI ESCRITO PELO PROF. DR. SIRIO POSSENTI


DEBATES SOBRE O ACORDO ORTOGRAFICO CONTINUAM.....

Nas últimas semanas um suposto “projeto de lei” criado pelo Senado com a intenção de “simplificar” a Língua Portuguesa repercutiu nas redes sociais e deu o que falar em sites da internet. De acordo com as publicações, entre as mudanças que o projeto previa, estava a abolição de "ç", "ch" e "ss” da ortografia oficial. No entanto, tudo não passa de um mal entendido.
O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,simplificar-a-ortografia,1563181
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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

DIA DA CONSCIÊNCIA BRANCA!



DIA DA CONSCIÊNCIA BRANCA!

Acordei hoje (20 de novembro) bem disposto e animado. O céu está nublado, com nuvens brancas e o som dos pássaros dá forma ao dia. Não imaginava o que estava por vir. Acordei animado porque é feriado e porque vou poder curtir os filhos e “dar uma volta” nas ruas desertas do bairro.
Eis que o filho mais novo, de sete anos vem me dizer o “bom dia” habitual e depois me pergunta:
-Pai hoje não vamos à escola?
-Não filho, hoje é feriado é o dia da consciência negra - respondi pensando que “matei dois numa só cajada”. Afinal estava enganado porque meu filho volta a perguntar:
-Porque o feriado é dia 20?
Aí começo a contar o pouco que sei sobre Zumbi dos Palmares, blá, blá, blá, blá..... Depois desta explicação achei que o papo já tinha se fechado e ainda mais com “chave de ouro”. Mas o pior estava por vir. O menino dá dois passos para atrás como se fosse embora para brincar, mas dá meia volta e me pergunta de novo:
- Quando é que será dia da consciência branca, papai? Aí olhei para “cara dele” e a mãe do menino ficou rindo de longe, esperando da resposta tal como o menino. Fiquei inspirado e transpirei secretamente e tentei ganhar calma para responder o menino:
-Filho, nem devia ser dia da consciência negra. Para mim seria dia da consciência humana porque o problema do preconceito aqui no Brasil não só ocorre com negros, mas também com nordestinos, índios, pobres, imigrantes, etc. Entendeu filho? - O menino olhou para mim desconfiado da minha resposta e perguntou de novo:
-Papai, lá na nossa terra (Moçambique) tem dia da consciência negra?
Poxa, de novo o menino perguntão vai ao fundo- pensei sorrindo.
- Não filho! Não temos dia da consciência negra. Não vale apenas existir dia da consciência branca, negra, amarela ou outra. Precisamos de uma consciência humano onde todas as pessoas se respeitam sem discriminação. Aí, o menino perguntão ficou feliz e foi brincar. Fico a espera da próxima pergunta do menino perguntão!


AAT/2014

sábado, 15 de novembro de 2014

DESAFIOS DO ENSINO DO PORTUGUÊS EM CONTEXTO MULTILÍNGUE EM MOÇAMBIQUE


Foto: Internet

O desenvolvimento de qualquer país está intimamente ligado à formação dos 
recursos humanos. A educação é importante porque fornece profissionais para diferentes áreas da 
vida social. Por sua vez, a qualidade dos quadros formados é fruto do bom trabalho 
desempenhado pelos professores. Daí se levanta a seguinte questão: será que os professores 
moçambicanos estão preparados para lidar com ensino da escrita e com a variedade do português 
de Moçambique? O presente trabalho versa sobre a complexidade da formação dos professores 
moçambicanos, no qual vou apresentar a organização do ensino, analisar os métodos do ensino 
de português e finalmente discutir formas de melhorar a formação dos professores com vista na 
melhoria da qualidade de ensino. Da experiência se conclui que há necessidade de investimento 
na formação qualitativa dos professores bem como dos meios materiais para que o trabalho do 
professor seja cada vez mais eficiente. Há que rever a metodologia do ensino do português 
incluindo o ensino da escrita porque “a escola ensina a escrever sem ensinar o que é escrever” 
(CAGLIARI, 2009a, p.83). Há que se priorizar o “currículo local” em que se prioriza a 
experiência cultural da criança. Deve-se provocar reflexão sobre a linguagem fugindo-se de 
atividades mecânicas que não ajudam ao aluno, apoiando-se numa reeducação sociolinguística 
que valoriza a diversidade linguística e a variedade do português de Moçambique, pois segundo 
Bagno (2008) “nada na língua é por acaso.”



e-ISSN 1982-5935
Unioeste - Universidade Estadual do Oeste do Paraná 
Campus de Cascavel
Programa de Pós-Graduação em Letras

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Fotos com colegas no Brasil

Grupo de Estudos da Sociolinguística da UNESP

Professoras da UFG-Catalão

Com Prof. Carlos Alberto

Com Prof. Gregory Guy

Com Profa.Maria Aparecida Isquerdo

Com Prof.Marcos Bagno

com Profa. Vanderci Aguilera

Com Profs.Marcos Bagno e Xoan Lagares

Profa.Suzanne Romaine

com Prof. Louis-Jean Calvet

Com prfas Ezra e Jenni Turazza

Com profs. Margarida Petter e Ezra 

Com prfas. Nelly Cravalho, Gladis Barcellos e Almeida

Com profa.Sabrina

Com Profs.Niguelme, Sabrina Balsalobre e Flávia





Com profa. Stella Bortoni-Ricardo

Com Profs. Salah e Abdellah

Com profs.Letícia Ponzo, Dante Lucchesi e Baxter

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

As marcas da oralidade das línguas bantu nas redações livres dos alunos do ensino médio em Moçambique

Apresentado no Congresso Internacional de Dialetologia e Sociolinguística realizado na Universidade Estadual de Londrina de 7 a 10 de outubro de 2014. (clique aqui)
Resumo da apresentação: Clique aqui página 250


Pesquisadores africanos presentes no evento: Da direita para esquerda: Prof. Dr. Abdelhak Razky (Marrocos), Prof. Dr. Salah Mejri (Tunisia) e Prof. Dr. Alexandre A. Timbane (Moçambique)

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Ainda sobre o Acordo ortográfico



Debate do Prof. Dr. Sirio Possenti no Jornal Estado de São Paulo de 20 de setembro de 2014. Ele critica o projeto que pretende introduzir uma escrita fonológica. Muito interessante ler e analisar.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Analisando o Discurso Policial na Abordagem de Suspeitos na Via Pública: estudo de caso


Revista Brasileira de Ciências Policiais

Resumo:

A presente pesquisa trata de questões linguístico-discursivas, na abordagem policial de suspeitos na via pública. Chamo a atenção para o uso da linguagem na Justiça e levanto algumas questões referentes às características do discurso utilizadas pelo policial na abordagem dos suspeitos nas vias públicas. Quais são as especificidades do discurso dos policiais, neste tipo de interação? A pesquisa tem por objetivo analisar o impacto do discurso policial na abordagem de suspeitos, discutir sua relevância para o sucesso deste tipo de interação, e demonstrar os impasses que são constitutivos do trabalho do policial, levando em conta as condições de produção desse discurso, e as variáveis sociolinguísticas nele inscritas.  O corpus desta pesquisa foi constituído por nove vídeos de abordagens policiais na Via Pública. Neles, observamos características linguístico-discursivas usadas pelo policial e pelo suspeito para a apuração de uma infração e sua autoria. Desta fase da pesquisa, concluiu-se, que há necessidade de se trazer conceitos da Linguística Forense para os cursos de Formação Policial, de forma que a Academia Militar possa “armar” os policiais com competências linguísticas que os auxiliem na prestação de um trabalho qualitativo e eficaz.


A formação de palavras a partir de siglas e acronimos estrangeiros na Língua Portuguesa



O presente artigo é uma reflexão sobre o uso de acrônimos e de siglas estrangeiras como palavras na língua portuguesa falada no Brasil. Será que os falantes usam as siglas e acrônimos conscientes de que são tais? A hipótese é a de que se perde a noção de acrônimo/sigla e se passa a usar como palavra. O objetivo da pesquisa é de identificar as siglas e os acrônimos do inglês mais frequentes no português; explicar o aportuguesamento e integração na língua. Constata-se o uso crescente de siglas e de acrônimos vindos principalmente do inglês na fala/escrita cotidiana. Usando um questionário de cinco perguntas do tipo fechando inquiriu-se 30 falantes residentes na cidade de Araraquara-SP. Da pesquisa, constata-se que há uma estabilização linguística dessas siglas/acrônimos e que estes são usados como palavras, esquecendo até do significado da cada uma das letras ou sílabas. O nível de escolaridade, a localização geográfica e tipo de profissão ditam o uso ou não das siglas, sendo a maior parte das siglas vindas da área da informática e das novas tecnologias

sábado, 7 de junho de 2014

O Português de Mocambique nos livros de Paulina Chiziane

Paulina Chiziane fala da língua portuguesa

Numa entrevista, a escritora mocambicana Paulina Chiziane fala do preconceito linguístico, da cultura africana e da literatura. Vale apena assitir.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Bibliografia sobre o Português de Mocambique

Cátedra do Português Línguas Segunda e Estrangeira

Algumas Referências

  1. TIMBANE, Alexandre António. (2009). A problemática do ensino da língua portuguesa na 1ª classe num contexto sociolinguístico urbano: o caso da Cidade de Maputo. Universidade Eduardo Mondlane, dissertação de mestrado.

  1. TIMBANE, Alexandre António. (2012a). Os estrangeirismos e os empréstimos no português falado em Moçambique. Revista Via Litterae, v. 4, pp. 5-24. ISSN: 2176-6800. Disponível em:Link


  1. TIMBANE, Alexandre António.(2012b). O léxico nas crônicas de Arune Valy: uma identidade da moçambicanidade. Revista Língua & Literatura. v. 14, pp. 25-51. ISSN: 1984-381X (versão online). Disponível: Link

  1. TIMBANE, Alexandre António.(2012c). Os estrangeirismos e os empréstimos no português de Moçambique. Revista Cadernos de Estudos Linguísticos (UNICAMP), v. 54, pp. 289-304. ISSN: 0102-5767. Disponível em: link

  1. TIMBANE, Alexandre António. (2012d).  Os empréstimos do português e do inglês na língua xichangana em Moçambique. Revista Linguagem. Estudos e Pesquisas (UFG), v. 16, pp. 53-79. ISSN:1519-6240. Disponível em:link

  1. TIMBANE, Alexandre António. (2012e). Os estrangeirismos e os empréstimos no português falado em Moçambique. In: Sónia Cyrino. (Org.). Cadernos de Estudos Linguísticos. 2ed. Campinas: Editora UNICAMP. v. 2, pp. 289-304.

  1. TIMBANE, Alexandre António; BERLINCK, Rosane de Andrade. (2012). A norma-padrão europeia e a mudança linguística na escola moçambicana. Revista Gragoatá (UFF), v. 1, pp. 207-226. ISSN: 0103-2178 (versão impressa) / ISSN: 2238-3824 (versão eletrônica) ISNN: 1413-9073. Disponível em:link

  1. TIMBANE, Alexandre António. (2013a). A variação e a mudança lexical da língua portuguesa em Moçambique. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Tese de doutoramento.

  1. TIMBANE, Alexandre António. (2013b).  A variação linguística e o ensino do português em Moçambique. Revista Confluência (Rio de Janeiro), v. 1, pp. 263-286. ISSN: 1415-7403 (versão imprensa), 2353-4153 (versão eletrônica). Disponível:  link

  1. TIMBANE, Alexandre António.(2013c).  A problemática do ensino da língua portuguesa em contexto multilíngue em Moçambique. Revista de Letras Norte@mentos, v. 6, pp. 215-236. ISSN: 1983-8018. Disponível: link

  1. TIMBANE, Alexandre António. (2013d). A criatividade lexical da língua portuguesa: uma análise com brasileirismos e moçambicanismos. Revista Caligrama: Revista de Estudos Românicos, v. 19, pp. 7-30. ISSN: 0103-2178 (versão impressa), ISSN: 2238-3824 (versão eletrônica). Disponível em:link

  1. TIMBANE, Alexandre António.(2013e).  O português moçambicano: um olhar sobre os neologismos na obra de Mia Couto Terra sonâmbula. Revista Web-Revista SOCIODIALETO, v. 4, pp. 323-350. ISSN: 2178-1486 (versão eletrônica). Disponível em: link

  1. TIMBANE, Alexandre António. (2013f). A variação terminológica dos termos do futebol moçambicano. In: Clotilde de Almeida Azevedo Murakawa; Odair Luiz Nadin. (Org.). A terminologia: Uma ciência interdisciplinar. 22 ed. São Paulo: Cultura Acadêmica. v. 22, pp. 145-166. ISSN: 978-85-7983-404-2.

  1. TIMBANE, Alexandre António. (2014a). A formação dos professores do ensino primário e as políticas Linguísticas educacionais em Moçambique. In Anais do Congresso Nacional de Professores; Congresso Estadual sobre Formação de Educadores (Águas de Lindóia). São Paulo:UNESP. pp.102-114.  ISSN: 2357-7819.

  1. TIMBANE, Alexandre António. (2014b). Contribuição lexical das línguas inglesa e do kimbundo na variedade do português de Moçambique. In Anais do Congresso Internacional de Estudos do Léxico e suas Interfaces e 3º Jornada Diferente Olhares sobre o Léxico (Homenagem aos professores Maria Tereza Camargo Biderman e Sebastião Expedito Ignácio). Araraquara, São Paulo: UNESP.


  1. TIMBANE, Alexandre António. (2014c). O português de Moçambique e sua implicação no ensino da ortografia. In Anais do 15º Congresso Brasileiro de Língua Portuguesa e 6º Congresso Internacional de Lusofonia. São Paulo: PUC/São Paulo.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

VOCABULÁRIO COMUM DA LÍNGUA PORTUGUESA

Foto: Jornal Notícias de Moçambique
A adesão de Moçambique ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que unifica a escrita do português, está iminente, dependendo apenas, depois de um processo longo, da Assembleia da República, que ainda deverá apreciar e ratificar o documento. O Governo já aprovou a adopção deste acordo que data de 1990 e cuja entrada em vigor depende, agora, do passo formal do Parlamento, que a qualquer momento irá homologar a reforma na escrita do idioma oficial do nosso país.
A ratificar, Moçambique se tornará, no conjunto dos países de língua portuguesa, no penúltimo a implementar o Acordo Ortográfico, que fundamentalmente irá unificar e simplificar a escrita do português tendo como base a sua fonética. Ficará apenas Angola, que ainda se está a organizar no âmbito da ratificação.
O processo de ratificação do Acordo Ortográfico por Moçambique contemplou um trabalho científico e político que culminou com a aprovação do projecto pelo Governo, que em 2012 depositou no Parlamento o seu parecer e solicitação da ratificação. O trabalho científico contemplou a elaboração do vocabulário ortográfico nacional, uma recomendação de 2011 do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), organismo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), de que Moçambique faz parte.
À luz da necessidade de se criar um instrumento que permita uma aplicação eficiente – e mais pacífica – do Acordo Ortográfico, o IILP decidiu criar um Vocabulário Ortográfico Comum, que integre vocabulários ortográficos nacionais como o que Moçambique acabou de produzir.

No dia 12 de maio 2014, às 18:46 (hora local), na sede do IILP, na cidade da Praia, capital de Cabo Verde foi lançada plantaforma do VOCLP. Contem cerca de 250 000 palavras correspondentes ao Brasil, Portugal e Moçambique. A elaboração da obra contou com a participação de especialistas oficialmente nomeados pelos estados-membros, que nesse âmbito discutiram entre si os critérios de aplicação do Acordo Ortográfico. Gilvan Müller de Oliveira, diretor executivo do IILP, instituição que coordena o projeto, explica o processo: «As regras de escrita do português foram sistematizadas por uma equipa central.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

O ACORDO ORTOGRÁFICO ESTÁ LONGE DE SER RATIFICADO EM MOÇAMBIQUE


A minha pergunta é a seguinte: Se Moçambique ainda não ratificou você imagina quantas décadas irá gastar para introduzir o novo acordo nas escolas? Consequências: continuaremos atrasados em relação ao mundo lusófono. A educação que faz bem para a sociedade ninguém quer olhar. Aliás, o sistema colonial sempre deixou claro naquele período: ensinamos ao africano a ler e a escrever. Mais nada! E agora, que Moçambique está independente, ensina-se o quê? Que qualidade de ensino temos? Quem tiver respostas claras e concisas, por favor me responda!

sábado, 12 de abril de 2014

Moçambique vai falhar objectivo de acesso universal à educação

Em prol da educação

Vice-ministro da Educação de Moçambique, Augusto Jone Luis, comenta os esforços do país na reconstrução de seu sistema educacional e aponta os próximos desafios do governo


Mônica Frederico discute:
Ela é Mestre em Desenvolvimento Rural e Investigadora Assistente no Centro de Estudos Africanos, Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique). 

Artigo publicado na Revista de Estudos Antiutilitarios e pós-coloniais. v.2, nº2, jul-dez.2012.
ISSN: 2179-7501


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A VARIAÇÃO E A MUDANÇA LEXICAL DA LÍNGUA PORTUGUESA EM MOÇAMBIQUE

A VARIAÇÃO E A MUDANÇA LEXICAL DA LÍNGUA PORTUGUESA EM MOÇAMBIQUE

Resumo: A língua portuguesa no mundo vem ganhando seu espaço como resultado do desenvolvimento dos meios de comunicação de massa, da tecnologia e de políticas linguísticas. Moçambique é um país multilíngue onde as mais de vinte línguas bantu convivem com línguas europeias e asiáticas. Esta convivência linguística cria neologismos e interferências, fato que concorre para a variação e a mudança em todas áreas: fonético-fonológica, morfológica, sintática, lexical, semântica, pragmática, etc variação linguística que é originada pelas variáveis sociais. Dentro deste cenário propôs-se a presente pesquisa que aborda “A variação e mudança lexical da língua portuguesa em Moçambique”. A pesquisa tem como objetivos estudar e analisar a situação do português de Moçambique sobretudo a nível lexical e explicar os processos da integração na língua. O tema é relevante porque infelizmente, ainda se acha que em Moçambique se fala/escreve português europeu e que a norma-padrão deve ser forçosamente a europeia. A escola é intolerante com relação à variação e não dá nenhum valor ao ensino de português, fato que provoca o insucesso escolar. Para a pesquisa, compôs-se dois tipos de corpora: (a) o corpus oral composto por 36 entrevistas, sendo 16 na cidade de Maputo e 20 na cidade de Nampula, o correspondente a 191 minutos de gravação e (b) os corpora escritos compostos por dois jornais: “Notícias” (154 edições) e “Verdade” (24 edições) correspondente ao período 01/10/2011 a 31/03/2012. Após a transcrição das entrevistas e da organização dos dados dos corpora seguiu-se a fase da codificação para que os dados sejam lidos pelo programa estatístico GoldVarb 2001, programa muito usado em pesquisas da sociolinguística quantitativa. Os resultados fornecidos pelo programa foram analisados e discutidos tendo em conta as variáveis linguísticas: estrangeirismos e empréstimos. Da pesquisa se conclui que os estrangeirismos e os empréstimos no português de Moçambique provêm das línguas bantu, do inglês, do latim e do árabe. Cada província tem suas características linguísticas próprias, fruto da realidade sociolinguística e cultural. O português de Moçambique apresenta vários hibridismos e ex-nihilos fato que comprova que é uma variante que tende a se distanciar do português europeu. Os acrônimos e as siglas vindos do inglês se integram no português como palavras, resultado da frequência de uso. Não foi verificado nenhum caso de acrônimos nem siglas vindos das línguas bantu e do latim. Os falantes não escolarizados tendem a integrar estrangeirismos de luxo e necessários principalmente no norte de Moçambique, pois refletem a realidade cultural. Muitos estrangeirismos provêm da publicidade causados pelo surgimento de novas tecnologias. Muitos estrangeirismos que surgem no português de Moçambique são nomes e vêm completar lacunas ou mesmo para mostrar o prestígio da língua. Muitos estrangeirismos não estão dicionarizados porque Moçambique ainda depende de dicionários portugueses. Por isso que se propõe a criação de um dicionário do português de Moçambique, para que se possa incorporar neologismos (matriz interna ou externa), de modo que os alunos não fiquem “perdidos”. É urgente a criação de uma gramática que reflita a realidade da variante moçambicana para que a escola e a sociedade em geral encarem a variação sem preconceito.

Palavras – chave: Variação. Mudança. Português de Moçambique.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A problemática da educação em Moçambique

Regresso às aulas: o drama de sempre... mais a guerra- diz o Jornal Verdade

Uma sala de aulas

Muitos problemas enfermam a educação em Moçambique. Neste artigo do Jornal "Verdade" nota-se que os problemas se repetem todos os anos e quem de direito não faz o seu melhor. Só faz o que pode. Mais não disse!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Web-REVISTA SOCIODIALETO





RESUMO: A presente pesquisa é uma reflexão sobre neologismos, empréstimos e estrangeirismos no português escrito em Moçambique, país este que tem características sociolinguísticas bem complexas, devido a diversidade linguística. A pesquisa tem por objetivo identificar e explicar os neologismos em texto literário por forma a sugerir um bom tratamento deste aspecto em sala de aula. O corpus da pesquisa é a obra Terra sonâmbula de Mia Couto. Com o Programa “Léxico-3” identificamos e estudamos a frequência do léxico e concluiu-se que a maioria de estrangeirismos provêm do inglês e das LB. Assinalamos que a criatividade lexical se manifesta por meio de neologismos e empréstimos. Há neologismos que se formaram por justaposição, por aglutinação, por meio de afixos (prefixos e sufixos), por transformação de nomes em verbos, por meio de diminutivos, por reduplicação entre outras formas. Em textos literários, a liberdade pareceu-nos mais ampla chegando a identificar formações inesperadas do tipo “maistravés” e “ninguéns”. Em contato com LB surgem os “moçambicanismos” que são construções específicas a nível lexical, sintático-semântico tipicamente usados em Moçambique e que caracterizam o português escrito e falado atualmente, tanto na literatura como nos meios de comunicação. 
PALAVRAS-CHAVE: Português de Moçambique. Neologismos. Mia Couto. 

domingo, 12 de janeiro de 2014

IMPORTANTE: PODE BAIXAR LIVROS DA “HISTÓRIA GERAL DA ÁFRICA" em 8 volumes

Não há desculpas da falta de livro:

Coleção foi produzida por mais de 350 especialistas de áreas diversas. Download é gratuito
A Organização das Nações Unidas Para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), colocou a disposição para download, no formato PDF, os oito volumes da coleção História Geral da África. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) também divulgaram livros sobre a história e a economia do continente e sua relação com o Brasil, com download gratuito.
A coleção de livros foi desenvolvida pela Unesco com mais de 350 especialistas de áreas diversas e dirigido pelo Comitê Científico Internacional, composto por 39 intelectuais, sendo 26 africanos, e está disponível em diversas línguas. A prosposta é de uma visão objetiva, vinda de dentro do continente,  sobre o desenvolvimento histórico da África e suas relações com outras civilizações.

sábado, 11 de janeiro de 2014

DEBATES SOBRE O MULTILINGUISMO EM MOÇAMBIQUE

REVISTA LÍNGUA PORTUGUESA

O linguista moçambicano Gregório Firmino discute os limites da lusofonia
O linguista moçambicano Gregório Firmino, diretor da Faculdade de Ciências Sociais e Letras da Universidade Eduardo Mondlane, a principal universidade pública de Moçambique, não sabe se sua primeira língua foi o português. A dificuldade é comum no país do sudeste da África, que tem a língua portuguesa como oficial, embora só 39% da população seja lusófona, e a maioria viva o plurilinguismo.
Prof. Dr. Gregório Firmino
De colonização tão antiga quanto a do Brasil, o país só se livrou da invasão portuguesa em 1975, quando a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), movimento que venceu a luta armada, chegou ao poder. "Moçambique independente produziu mais falantes do português do que Moçambique colonial", diz Gregório, que se especializou na relação entre o português e os idiomas locais. À Língua falou sobre a complexidade linguística do país e o projeto de nação que a Frelimo concebeu, fazendo o país adotar o idioma tanto para promover integração social quanto para atuar no cenário internacional. Mas o conflito interno perdura.