É um blogue acadêmico que se interessa por questões ligadas a educação e linguística em países africanos em especial dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). O blogue compartilha pesquisas e trabalhos que discutem a política e o planejamento linguísticos e o ensino defendendo que "a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo"(Nelson Mandela)
quarta-feira, 15 de maio de 2013
EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE NO PERIODO COLONIAL
EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE NO PERIODO COLONIAL
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Moçambique passou por momentos criticos na era colonial em todos aspectos,particularmente na educação dos indigenas.
Na era colonial muitos moçambicanos tiveram dificuldades de ter acesso a educação,visto que,a educação de qualidade estava reservada para os colonos e seus filhos.
O sistema de ensino colonial foi sofrendo reformas, mas adequedas as circunstancias historico-economicas e a conjutura politica internacional.a formação do indigina e a criacao da figura juridico-politico ”assimilado” impunham-se como necessidade de força de trabalho qualificada para a maior exploração capitalista.
O sistema de educação colonial organizou-se em dois subsistemas de ensino distintos:
a)Ensino Oficial- destinado aos filhos dos colonos ou assimilados;nas vilas e cidades e’ onde predominava o ensino oficial.
b)Ensino rudimentar-reservado aquilo que chamavam “indigenas”- os naturais. A maior parte do ensino primario rudimentar se desenvolvia nas zonas rurais( campo), em escolas das missoes, controladas pela igreja.
Uma das leis do governo colonial sobre e educacao dizia o seguinte:” o ensino primario rudimentar destina-se a civilizar os indigenas da colonia, difundindo entre eles a lingua portuguesa e os costumes portuguses.
Em 1930, o sistema de ensino indigena passou a organizar-se em :
1-Ensino Primario Rudimentar com tres classes previsto para sete,oito e nove anos de idade no ingresso;
2-ensino profisssional indigina,que por sua vez se subdividia em (I) Escola de artes e oficios, com quatro classes,destinada a rapazes e (II) Escolas profissionais femeninas, com duas classes, geralmente ministrado a formação femenina.
o sistema de ensino europeu estava estruturado de modo a permitir ao aluno prosseguer os seus estudos até ao ensino superior.
Mais tarde ,em função das exigências da exploração capitalista e para justificar a ocupação efectiva das colonias,por pressão da comunidade das nações, o regime passou a engrossar o capital humano com os assimilados, considerados estatutariamente não indigenas.
No mesmo ano de 1930,foi criada a primeira escola de professores primarios indigenas, para as escolas primarias rudimentares,com 73 alunos.
O ensino técnico profissional ,aberto para todos os indigenas,respondia as pressões economicas da necessidade da mão de obra qualificada,para trabalho indústrial e actividade comercial.
DIFERENÇAS ENTRE O SISTEMA DE ENSINO COLONIAL E O SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
SISTEMA EDUCAÇÃO COLONIAL
SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
-Ensino oficial e ensino indigena;
-Estrutura fragmentaria:multiplicidade de curso proficionais,depois dos quatro primeiros anos de escolaridade;
-Falta de coordenação entre os diverso cursos profissionais,depois dos quatros anos de escolaridade;
-Sistema de ensino de 11 anos com a seguinte estrutura:4-2-3-2 universidades;
-Sem possibilidade simultanea de saida para a vida activa e ingresso num novo nivel ou subsistema ;
-Objectivos e conteúdos diferentes e não articulados.
-Sistema unico de ensino:laico e publico;
-Escolaridade primária de 4 para 7 anos sem primeiro ciclo;
-Substemas articuladas e integrados;
-Unicidade dos sistemas;
-Ensino secundario geral,ensino técnico e formacao de professores de 3 niveis;
-Sistema de ensino de 12 anos, com a seguinte estrutura:7-3-2 universidades;
-Possibilidade de saida para a vida activa,no fim de cada nivel,ou ingresso num novo;
-Definidos objectivos e conteúdos gerais do coteudo do sistema;
-carater politécnico do ensino primario.
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