RESUMO: A presente pesquisa é uma reflexão sobre neologismos, empréstimos e estrangeirismos no português escrito em Moçambique, país este que tem características sociolinguísticas bem complexas, devido a diversidade linguística. A pesquisa tem por objetivo identificar e explicar os neologismos em texto literário por forma a sugerir um bom tratamento deste aspecto em sala de aula. O corpus da pesquisa é a obra Terra sonâmbula de Mia Couto. Com o Programa “Léxico-3” identificamos e estudamos a frequência do léxico e concluiu-se que a maioria de estrangeirismos provêm do inglês e das LB. Assinalamos que a criatividade lexical se manifesta por meio de neologismos e empréstimos. Há neologismos que se formaram por justaposição, por aglutinação, por meio de afixos (prefixos e sufixos), por transformação de nomes em verbos, por meio de diminutivos, por reduplicação entre outras formas. Em textos literários, a liberdade pareceu-nos mais ampla chegando a identificar formações inesperadas do tipo “maistravés” e “ninguéns”. Em contato com LB surgem os “moçambicanismos” que são construções específicas a nível lexical, sintático-semântico tipicamente usados em Moçambique e que caracterizam o português escrito e falado atualmente, tanto na literatura como nos meios de comunicação.
PALAVRAS-CHAVE: Português de Moçambique. Neologismos. Mia Couto.
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