Foto: Jornal Notícias de Moçambique
A adesão de Moçambique ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que unifica a escrita do português, está iminente, dependendo apenas, depois de um processo longo, da Assembleia da República, que ainda deverá apreciar e ratificar o documento. O Governo já aprovou a adopção deste acordo que data de 1990 e cuja entrada em vigor depende, agora, do passo formal do Parlamento, que a qualquer momento irá homologar a reforma na escrita do idioma oficial do nosso país.
A ratificar, Moçambique se tornará, no conjunto dos países de língua portuguesa, no penúltimo a implementar o Acordo Ortográfico, que fundamentalmente irá unificar e simplificar a escrita do português tendo como base a sua fonética. Ficará apenas Angola, que ainda se está a organizar no âmbito da ratificação.
O processo de ratificação do Acordo Ortográfico por Moçambique contemplou um trabalho científico e político que culminou com a aprovação do projecto pelo Governo, que em 2012 depositou no Parlamento o seu parecer e solicitação da ratificação. O trabalho científico contemplou a elaboração do vocabulário ortográfico nacional, uma recomendação de 2011 do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), organismo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), de que Moçambique faz parte.
À luz da necessidade de se criar um instrumento que permita uma aplicação eficiente – e mais pacífica – do Acordo Ortográfico, o IILP decidiu criar um Vocabulário Ortográfico Comum, que integre vocabulários ortográficos nacionais como o que Moçambique acabou de produzir.
No dia 12 de maio 2014, às 18:46 (hora local), na sede do IILP, na cidade da Praia, capital de Cabo Verde foi lançada plantaforma do VOCLP. Contem cerca de 250 000 palavras correspondentes ao Brasil, Portugal e Moçambique. A elaboração da obra contou com a participação de especialistas oficialmente nomeados pelos estados-membros, que nesse âmbito discutiram entre si os critérios de aplicação do Acordo Ortográfico. Gilvan Müller de Oliveira, diretor executivo do IILP, instituição que coordena o projeto, explica o processo: «As regras de escrita do português foram sistematizadas por uma equipa central.
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