quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Línguas maternas devem estimular a aprendizagem das crianças que não percebem português nas escolas moçambicanas

Línguas maternas devem estimular a aprendizagem
O vice-ministro da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), Armindo Ngunga, considera inadequado que se pense no ensino moçambicano, sobretudo nas classes iniciais, tendo como modelo o português – tido como idioma oficial, após a independência em 1975 – e argumenta uma das causas que concorrem para o abandono massivo da instrução nas zonas rurais, por exemplo, é a barreira linguística. “As salas de aula não podem ser um local de tortura [psicológica]” ou que metem medo.


segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Fraca conclusão do ensino primário em Moçambique também deve-se a distância entre casa e escola

O Jornal "Verdade" adverte
As taxas de conclusão do ensino primário no nosso País continuam a ser baixas, nos anos mais recentes o numero de alunos que concluíram a escola primária inclusivamente caiu para cerca de 48 por cento, dos 88 por cento de alunos que iniciam o ano lectivo. Oficialmente o absentismo dos professores e alunos é apontado como uma das principais causas, a par da fraca capacidade dos educadores em ensinar. Porém o @Verdade apurou que existe um outro factor que está a ser descurado: a distância entre os locais de habitação e as escolas.

domingo, 10 de setembro de 2017

Revista Linguagem e Lei



Guest Editor’s Introduction
Malcolm Coulthard & Sandra Hale
Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil & UNSW, Australia
Two years ago we planned to publish a Special Issue on Translating and Interpreting in
Legal Contexts, however, the area is now so important and has become a major research
which this is the second – the rst, Volume 3.1, on Legal Translation guest-edited by
focus in so many countries, that we were able to produce not one but two volumes, of Luciane Fröhlich, appeared in June 2016.
in both police stations and courtrooms and the di culties introduced by cost-saving
The authors come from ve continents and from jurisdictions with very di erent kinds of interpreting provision. They discuss the problems of face-to-face interpreting
an interpreter located in a court-room along with the lawyers to an accused con ned
audio- and video-link technology, which may be used to link an interpreter located at a distance to a face-to-face interview between a police o cer and a suspect, or to link
provided for all of the proceedings or only for the spells the accused spends in the witness
in prison. The topics of the articles range from provision – the question of who decides whether there is a need for an interpreter and then whether interpretation should be box and crucially if the interpreter is provided free – to: the training, evaluation and
As we write large numbers of people are eeing from Aleppo, many going to Turkey
accreditation of interpreters, the need for interpreters to work in teams for real-time quality control and the advisability of compulsory audio-recording to order to facilitate later checking of accuracy. and a million refugees are struggling to settle into living in Germany. The need for legal
of interpreting services in our own countries.
interpreters is increasing exponentially, which makes this issue of the journal not only timely but of even greater importance. The articles identify problems that all countries need to address, but at the same time the authors provide examples of successes and proposals for improvements which we can use to evaluate the quality of the provision
Universidade Federal de Santa Catarina, Brazil & UNSW, Australia
We hope you enjoy reading these papers as much as we did when editing them.
Malcolm Coulthard & Sandra Hale

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

REVISTA GELNE


A Revista do Gelne, periódico do Grupo de Estudos Linguísticos do Nordeste, tem como objetivo divulgar pesquisas, estudos e investigações nas áreas de Língua, Linguística e Literatura
 Classificação Qualis-Capes: B1
RESUMO: Este artigo discute questões relacionadas à identidade linguística, cultura, língua portuguesa no Brasil, variação e variantes linguísticas, sob a perspectiva do estudo sobre a língua como sistema que agrega diferentes variedades, culturas e identidades. O desenvolvimento deste artigo tem como foco os objetivos geral e específico, a saber: explicar a existência de culturas na língua e na língua portuguesa enquanto instrumento de comunicação; evidenciar por meio de discussão teórica a participação dos elementos linguísticos e culturais na formação do ser social em contexto do português brasileiro. É uma pesquisa bibliográfica que analisa e discute teorias com enfoque para os debates de Bagno (2014), Vannucch (2011), Bosi (1992), Hall (2011), Bagno (2014), Mateus (2001) entre outros. O português falado no Brasil é resultado do acúmulo cultural, memorial e linguístico depositado na memória social ao longo dos anos. A construção da identidade do sujeito social a partir dos planos linguístico e cultural se constrói no cotidiano do uso da língua. A presença de várias culturas no Brasil originou a variedade do português brasileiro que não é uma outra língua, mas sim uma variedade da língua portuguesa como sistema. Em cada espaço lusófono a cultura foi moldando suas características, resultando na variação linguística intra e intergrupal. O multiculturalismo faz parte da formação, desenvolvimento ou conformação de uma língua no meio onde atua. Os falantes de uma determinada comunidade linguística carregam aspectos da memória histórica e da identidade dos seus antepassados e esses traços são incorporados permanentemente na língua. A transmissão dos valores culturais, morais e éticos só são possíveis porque os responsáveis pela transmissão se valem do sistema linguístico de modo particularizado, expondo outros aspectos culturais remotos no tempo e no espaço. 
PALAVRAS-CHAVE: Cultura; Língua e Sistema; Memória social; Português brasileiro

sábado, 17 de junho de 2017

A terminologia do futebol em Moçambique: o caso dos neologismos na aula de língua portuguesa do ensino médio


A pesquisa preenche uma lacuna metodológica no ensino do português no ensino médio em Moçambique. Questiona-se quais as metodologias possíveis para o ensino de neologismos em sala de aula. A pesquisa visa conhecer as metodologias usadas na pesquisa de neologismos no ensino médio em Moçambique. Especificamente, visa identificar os neologismos do futebol no Jornal Notícias; analisar os manuais de português em uso e explicar os métodos de trabalho com neologismos. Da pesquisa se concluiu que há preconceito com relação aos neologismos, por isso que os programas de ensino e os professores não discutem este tema. Concluiu-se que há necessidade de adoção de novos paradigmas metodológicos para a exploração destes conteúdos no ensino médio. Isto passa pela realização de atividades práticas que permitam a introdução de conceitos bem como a sua exploração em sala de aula. Esta consciência lexical permitirá que o aluno discuta e realize um trabalho aprofundado rumo à criação de um dicionário geral de moçambicanismos.


sexta-feira, 26 de maio de 2017

Relatório de avaliação do ensino primário e secundário em Moçambique

A melhoria da qualidade do ensino primário pode ser analisada em termos dos meios e processos usados e de resultados conseguidos pelos alunos: resultados nos percursos seguidos (eficiência interna), nas aprendizagens realizadas (eficácia) e na posterior inserção escolar e social (eficiência externa). No PEEC estavam previstas medidas de melhoria dos meios e processos de ensino com vista a promover a melhoria dos resultados da aprendizagem. Também na melhoria da qualidade, e não só na expansão acesso, tem sentido examinar a questão da equidade geográfica e de género, como aliás o PEEC previa. 

Expansão dos equipamentos e recursos adequados às questões de género. A expansão da rede escolar consistiu num objectivo transversal ao PEEC. Com ela, pretendia-se um aumento generalizado da oferta de ensino a todos os níveis, ao mesmo tempo que se atendia à redução das distâncias entre a comunidade e a escola, penalizadoras em particular do acesso e retenção de raparigas no sistema de ensino. De forma a acompanhar esta preocupação, o aumento da % de EPC visava garantir uma mesma acessibilidade a todos os ciclos do ensino básico. No período de 2006 a 2010 o número de EPC aumentou mais de 97% e em 2010 representava 29% das escolas primárias públicas. 

O Plano Estratégico da Educação e Cultura (PEEC 2006 – 2011), aprovado pelo Conselho de Ministros, proporciona uma visão global sobre o sector da educação e traça um claro roteiro para a universalização do Ensino Primário (EP), rumo ao alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, como também, reconhece a necessidade de planificação e desenvolvimento da educação pós-primária. Dando seguimento aos objectivos do PEEC, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) desencadeou, em 2007, um processo de revisão da estratégia do Ensino Secundário Geral (ESG), aprovada em 2001.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Revista Lingua e Literatura

MARCAS DA IDENTIDADE CULTURAL E LINGUISTICA MOÇAMBICANAS NO FILME VIRGEM MARGARIDA, DE LICÍNIO AZEVEDO

Resumo


A pesquisa analisa aspetos da identidade cultural em contexto moçambicano, país africano com diversidade linguística e multicultural. Assim, questionaram-se as marcas linguísticas, culturais e históricas no filme. Avançaram-se as hipóteses de que o filme levanta questões de identidade sociocultural; aponta as marcas do português de Moçambique e a tradição vs cultura que é diferente dos outros países. O objetivo foi de analisar como o filme carrega marcas linguísticas e culturais dos locais. A pesquisa utilizou o filme “Virgem Margarida”, de Azevedo (2012). Concluiu-se que as políticas pós-coloniais prejudicaram a cultura e as identidades havendo necessidade de uma reflexão sobre as políticas públicas que podem ser adotadas para uma formação dos jovens. Os jovens querem oportunidades, querem progredir apoiados por boas políticas públicas. A cultura é tão sensível quanto a língua. Ambas devem se respeitadas por toda a comunidade incluindo os políticos.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

CONHECE A FILOSOFIA AFRICANA?

Este site é parte da pesquisa "Colaborações entre os estudos das africanidades e o ensino de filosofia", Desenvolvido pelo prof. Wanderson Flor do Nascimento, na Universidade de Brasília e em interação com o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Raça, Gênero e Sexualidades Audre Lorde - GEPERGES Audre Lorde (UFRPE/UnB-CNPq).



sábado, 4 de fevereiro de 2017

A LEXICULTURA NA LITERATURA E NO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA EM MOÇAMBIQUE

Resumo: A literatura moçambicana tem se destacado nos últimos anos com obras interessantes no estudo literário e linguístico. A obra “Estórias abensonhadas” de Mia Couto é uma obra que nos leva a refletir sobre a ligação entre léxico, cultura e ensino e, assim, levantamos os seguintes problemas: quais são as características léxico-culturais das obras literárias escritas por moçambicanos e como os professores de português têm trabalhado com esta questão em sala de aula? A pesquisa visa identificar aspetos léxico-culturais na obra de Couto. Utilizando dois dicionários como corpus de exclusão (Houaiss, 2009 e Dicionário Integral da Língua Portuguesa, 2008) identificou-se várias formações lexicais e sintáticas que particularizam a obra de Couto. Da pesquisa se conclui que há necessidade de se trabalhar de forma multidisciplinar para melhor alcançarmos os efeitos que desejamos diante dos nossos alunos. O ensino deve valorizar a literatura independentemente da disciplina que estiver em causa. Os textos de Couto relatam aspetos da cultura moçambicana que podem ser ensinados aos alunos. Os neologismos revelam como a língua é um sistema aberto que permite a criação.clique aqui para ver o texto em pdf



quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

A Literatura africana é um museu da cultura


Resumo: Partindo do pressuposto de que os efeitos da colonização branca na África foram profundos e danosos, a pesquisa busca através da leitura crítica e comparativa de O mundo se despedaça (2009) de Chinua Achebe e Hibisco roxo (2011) de Chimamanda Adichie apontar a presença de aspectos sócio-históricos e culturais dos povos da África. Para tanto, objetiva comparar as obras sob ponto de vista literário; levantar aspectos importantes da cultura e tradições africanas; discutir metodologias de ensino de literatura entre jovens e adolescentes das escolas de ensino médio brasileiras. Utilizando o método bibliográfico se chegou à conclusão de que a consequência da aculturação colonial mudou o destino dos africanos. A sala de aula é um espaço de debate, de informação e troca de conhecimentos que visam conhecer a África e os africanos que contribuíram para a formação do povo brasileiro.

Entendendo as escolhas lexicais no Portugês de Moçambique e no Português do Brasil



Resumo: O léxico de uma língua é reflexo dos traços e marcas socioculturais do povo que a utiliza. O presente trabalho analisa as diferenças das escolhas lexicais no Português Brasileiro e no Português moçambicano. A pesquisa definiu os conceitos de léxico, explicou a influência da cultura nas escolhas e demonstrou os aspectos culturais e linguísticos que condicionam as variações linguísticas. O aporte teórico que sustentou a pesquisa baseia-se nos estudos de Bagno (2014), de Perini (2004),de Hall (2011), de Saussure (1995). Para a obtenção de dados distribui-se um questionário (via facebook) para vários inquiridos nos dois países. O questionário abordava as escolhas lexicais de verbos e substantivos. Da pesquisa se concluiu que as escolhas lexicais são condicionadas pela formação cultural e linguística do ser falante de uma determinada comunidade, pois o sistema linguístico permite a união e a intercompreensão entre falantes da lusofonia, mas existem características linguísticas específicas que não podem ser transferidas para outra variedade, porque a língua é cultura e o léxico só é compreendido semanticamente dentro do espaço geográfico onde ocorre.

domingo, 1 de janeiro de 2017

Revista Linguagem: estudos e pesquisas

A linguística é uma ciência importante para a nossa sociedade e pode ser aproveitada nos diversos campos do interesse da nossa sociedade. Sendo assim, a presente pesquisa é uma reflexão sobre a investigação criminal com o uso do facebook como ferramenta para a identificação do perfil linguístico dos suspeitos. Segundo Coulthard (1985) a análise do discurso é, sem dúvidas, um meio pelo qual se observa e se analisa a língua com maior incidência na interação conversacional em textos orais e escritos. A pesquisa tem por objetivo (a) discutir os conceitos da oralidade e da escrita em contexto do facebook; (b) explicar como o discurso da internet tem características próprias e (c) delimitar as características dos suspeitos investigados com base em exemplos de quatro indivíduos. A pesquisa analisou quatro usuários de facebook, todos moçambicanos e observou que a oralidade se mistura no escrito, mas o contrário não ocorre, quer dizer, podemos ver marcas da oralidade num texto escrito, mas no texto oral a escrita não se apresenta de forma evidente. Cada usuário do facebook tem o seu estilo conversacional que se demonstra através do léxico, da construção sintática bem como o uso de estrangeirismos e de moçambicanismos. No facebook, o respeito pela norma ortográfica tem pouca importância e assim, o uso de abreviaturas, siglas e outros neologismos são aceites pelos usuários. Conclui-se que o facebook é um aliado importante que pode ajudar aos policiais na identificação do perfil linguístico dos suspeitos.